“Rádio, Movimentos Sociais e Direito à Comunicação – é uma busca incessante a complexa discussão sobre o papel da comunicação de massa e a inserção que esta tem no resgate dos problemáticos fenômenos que envolvem o homem e suas inquietações contemporâneas.
Além do fato de que os investimentos despendidos no desenvolvimento dos aparatos tecnológicos, cada vez mais modernos, traduzirem-se em um custo final que incorpora valor social tem-se, principalmente, que a evolução destes meios em prol da aceleração do desenvolvimento sócio-econômico os torna símbolo e ferramenta da transformação da estrutura social.
O conceito da mensagem se expande do conteúdo referente ao ambiente de troca da informação. Os mediadores técnicos da comunicação se transformam em signos porque implicam redefinições do significado do que é mediado. É exatamente o permitir a renovação do caráter da mensagem que os meios tecnológicos se incorporam a esta enquanto resgate do desenvolvimento dos valores humanos. Daí resulta a necessidade de compreender o momento que vivemos,ou seja o mundo conectado pela comunicação instantânea e assim nos conscientizarmos a não transigir com a nossa própria ética da responsabilidade.”
Por: Darcier Barros
Engels em sua obra “O Anti-Duhring” e Marx, no “Manifesto Comunista”, foram os primeiros filósofos, a apresentar explicações que diferenciariam o significado entre eles. A partir da 1a e especialmente com a 2a Internacional delineiam-se as diversas tendências de socialismos, formando assim caminhos diferentes na tentativa de se construir uma nova ordem política, coexistindo harmoniosamente, inclusive, até a Primeira Grande Guerra, e, com certa liderança, do grande pensador Karl Kautsky, filósofo da Social-Democracia. Com a revolução de 1917 nasce a União Soviética e com ela a esperança de uma nova ordem social mais justa, com novas lideranças de pensadores tais como V. I. Lênin, Rosa Luxemburg, Leon Trotsky, consolidando-se mais uma vez, novas tendências.
Cisões nos movimentos operários passam a ser o novo desafio uma vez que elas resgatam interpretações teóricas que se antagonizam em defesa de suas próprias ações. No caso organizações políticas diversas, com práticas diferenciadas, pretensamente assentadas no pensamento de um mesmo filósofo. [...]
Paralelamente a esta linha ortodoxa, numerosos grupos e movimentos propuseram uma mudança pelo menos tão radical por outros meios organizativos, enriquecendo o elenco das idéias e propostas anti-capitalistas. Embora o verso momentos de repressão contra as correntes anarquistas e libertárias, particularmente na fase estalinista, estratégias convergentes contribuíram em vários momentos para fortalecer movimentos operários e, mais amplamente , populares na sua luta por uma sociedade mais justa.
O desafio desta edição é colocar em questionamento, na nossa contemporaneidade, esses problemas e, mais uma vez, expor em evidência a importância de se distinguir o significado de socialismo utópico e socialismo científico. Compreensão esta que possivelmente nos levará a entender melhor as sucessivas crises atuais de hegemonia dos Estados Capitalistas."
O Catálogo do Fundo POLOP constitui um esforço de preservação da memória das lutas contra a exploração e a opressão no Brasil. A publicação apresenta o Fundo POLOP - Política Operária. Além do inventário de todos os documentos, integralmente digitalizados e disponíveis ao público, há uma apresentação que traz um breve histórico da organização e outras fontes documentais disponíveis.
A existência da POLOP se deu, sob diferentes denominações, de 1961 a 1986. Sua história nos ajuda a entender mais os debates sobre a formação social brasileira, a batalha pela conquista da independência de classe por parte do proletariado, as vias de combate à ditadura de 1964-1985, a relação entre tática e estratégica, os desafios postos na conjuntura da reabertura democrática e constituinte, a crítica ao reformismo e muitos outros temas.
Desejamos uma boa leitura e que todos interessados possam navegar pelo acervo, procurando compreender o passado e vislumbrando caminhos para as lutas de hoje, por um mundo sem opressão e exploração. Para ter acesso ao catálogo, segue o link: AcervoNudoc-n.1-2023.pdf