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Mestrando da UFPE recebe menção honrosa em congresso com estudo sobre efeitos imunomoduladores da melatonina em crianças com Síndrome de Down
Evento foi realizado de 12 a 14 de setembro, em Teresina (PI)
O mestrando Igor Gabriel Araújo Medeiros, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Translacional da UFPE, foi premiado com uma menção honrosa no II Congresso Brasileiro de Pediatria e Neonatologia, que ocorreu de 12 a 14 de setembro, em Teresina (PI). O trabalho intitulado “Efeitos da melatonina na modulação das respostas imunológicas em crianças com Síndrome de Down” teve a orientação do professor Emanuel S. C. Sarinho, também da UFPE, e contou com a colaboração de Ellen Mariane Santana da Fonseca, nutricionista e residente em Nutrição Clínica no Hospital das Clínicas da UFPE. A pesquisa examina como a melatonina pode atuar como um imunomodulador em crianças com Síndrome de Down, buscando entender seu impacto sobre marcadores imunológicos e vias inflamatórias.
A pesquisa conduzida por Igor Medeiros analisou como a melatonina pode ajudar a melhorar o sistema imunológico de crianças com Síndrome de Down, que geralmente têm maior propensão a infecções e inflamações. Para isso, Igor Medeiros e equipe compararam dois grupos: 47 crianças com Síndrome de Down e 23 crianças sem a síndrome, que serviram como grupo de controle. Eles administraram melatonina a essas crianças e observaram mudanças em várias substâncias do sistema imunológico chamadas citocinas e em outros marcadores que indicam inflamação.
Os resultados mostraram que, nas crianças com Síndrome de Down, a melatonina diminuiu vários marcadores que indicam inflamação, como a IL-1ß e o Epo, que caíram em 32% e 45%, respectivamente. Outros sinais inflamatórios (IL-8, IL-10 e IFN-¿) também reduziram significativamente, enquanto um marcador relacionado ao fortalecimento da resposta imunológica, a IL-2, aumentou em 25%. Esses resultados sugerem que a melatonina pode ajudar a controlar inflamações e melhorar a imunidade dessas crianças.
No grupo de crianças saudáveis, a melatonina também reduziu alguns marcadores inflamatórios, mas em um nível mais leve, como a IL-6, que caiu 28%. A melatonina também influenciou o comportamento de duas proteínas, CD11b e TLR4, que têm papel em processos inflamatórios, reduzindo-as em ambos os grupos. Porém, observou-se um aumento inesperado de CD11b em um tipo específico de célula imune nas crianças com Síndrome de Down, indicando que a resposta à melatonina pode ser diferente para cada grupo.
Em resumo, a pesquisa sugere que a melatonina pode ter um papel benéfico na modulação do sistema imunológico em crianças com Síndrome de Down, ajudando a reduzir inflamações e melhorar a resposta do corpo a infecções.
Segundo o professor Emanuel Sarinho, “foi muito importante para Igor essa menção honrosa, pois isso servirá de estímulo para que ele siga para a docência. Os dados da revisão de escopo precisam ser confirmados, mas indicam que existe um potencial terapêutico no uso da melatonina para crianças com Síndrome de Down, fazendo com que haja redução de determinadas citocinas e, assim, promovendo efeitos imunomoduladores. Contudo, como mencionado anteriormente, ainda são necessárias maiores confirmações”.
Interessados em conhecer mais sobre este estudo e suas conclusões podem acessar o trabalho completo no site do congresso, onde está disponível para leitura, na aba de Resumos Simples. A pesquisa destaca o papel promissor da melatonina no fortalecimento imunológico e na atenuação de respostas inflamatórias em crianças com Síndrome de Down, contribuindo para o avanço no tratamento de condições inflamatórias em pediatria e neonatologia.
Mais informações
Igor Medeiros
igormedeiros2@hotmail.com