Centro de Estudos Avançados
Centro de Estudos Avançados CEA UFPE
Oficializado em 2021, o Centro de Estudos Avançados da UFPE já estava em elaboração há mais de um ano pelos coordenadores dos antigos institutos da universidade (Futuro, África, Ásia, e América Latina). Tendo a missão de fortalecer institucionalmente e internacionalmente a UFPE, através da integração de saberes, da inter e multidisciplinariedade, do pensamento crítico e ético, da pesquisa que promova as artes, as culturas, as ciências e as humanidades; a partir da compreensão das realidades locais, nacionais e internacionais.
Ao mesmo tempo, com um olhar para a própria UFPE, seu segundo propósito é que as atividades promovidas pelo CEA, além de serem produtoras de reflexões inovadoras, também contribuam, do ponto de vista institucional, para vislumbrar a criação de novos grupos de pesquisa e novos programas de formação graduada e pós-graduada que potencializem as responsabilidades da Instituição.
O Centro se estrutura a partir de quatro coordenadorias, três das quais se dedicam a investigar regiões do sul do Planeta, a saber, a Ásia (Coordenadoria de estudos de Ásia); a África (Coordenadoria de estudos de África) e a América latina (Coordenadoria de estudos de América latina); enquanto a Coordenadoria Futuro estuda temas transversais à Ciência, Tecnologia e Humanidades, sem focar em regiões. Atualmente, o CEA tem como coordenadora geral a professora Maria de Jesus Britto de Leite.
O CEA é guiado por quatro objetivos:
I – Realizar pesquisa, inovação e extensão, gerando, desenvolvendo e difundindo conhecimentos e tecnologias sustentáveis, com vistas à formação de profissionais com excelência;
II – Apoiar e promover redes de pesquisa e formação entre servidores, estudantes e gestores, bem como entre universidades e instituições de pesquisas interessadas em estudos estratégicos em nível local, regional, nacional e internacional e suas relações inter-regionais;
III – Apoiar a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) na mobilidade de servidores, estudantes e gestores, cooperações acadêmicas e científicas com as estruturas da UFPE e entre universidades e instituições de pesquisas das regiões às quais se dedica – Ásia, África e América latina – e suas relações inter-regionais, nacionais e locais;
IV – Privilegiar pesquisas e atividades relacionadas a problemas emergentes internacionais, nacionais e locais.
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Coordenadoria de Estudos Futuro
Antes de se unir ao Centro de Estudos Avançados, a Coordenadoria Futuro foi o Instituto Futuro da UFPE.
Em 2014, o país presenciava um movimento de criação de institutos de estudos avançados. Neste contexto, durante a gestão do ex-reitor Anísio Brasileiro, um conjunto de professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) juntam-se para criar um instituto que teria por meta investigar novas tendências e descobertas tecnológicas, o Futuro das ciências. Resolveram nomeá-lo de Instituto Futuro. Seu primeiro coordenador foi o prof. Luiz Manuel do Eirado Amorim.
No início de 2015, o Instituto Futuro passa a ser coordenado pela professora Maria de Jesus de Britto Leite que trouxe também a premência do diálogo entre as ciências e as humanidades, a partir da criação de diversas curadorias, onde o futuro da técnica e da ética foram o mote das reflexões, nos níveis regional, nacional e internacional, prospectando o Brasil, o Mundo e a UFPE com diversas curadorias.
A Coordenadoria Futuro vem promovendo diversas lives e webinars com pensadores locais, nacionais e internacionais, parcerias com movimentos populares e com instituições. A Curadoria Pensado o Brasil é uma cooperação institucional com a Academia Pernambucana de Ciência, e investiga o futuro do Brasil, principalmente considerando as perdas significativas dos últimos anos. Todas as lives e webinars estão disponíveis no seu canal do youtube. Durante a Pandemia, mas outras curadorias se mantiveram atuantes: a curadoria sobre migrações e Direitos Humanos no Século XXI; a curadoria sobre guerras híbridas; a curadoria sobre fronteiras do conhecimento.
São objetivos da Coordenadoria Futuro:
1) Ser promotor de reflexões éticas sobre o Futuro da Humanidade e do Planeta;
2) Contribuir para o avanço do conhecimento humano e do senso de responsabilidade e de comunidade (a relação universidade – sociedade) se constituindo como uma unidade autônoma de estudos de transversalidade disciplinar na UFPE, promovendo um ambiente reflexivo, fundamentado na crítica sobre o passado, nas conjecturas do presente e dedicado às especulações sobre o futuro.
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Coordenadoria de Estudos de Ásia
Em 2015, a Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, Brasil, criou seus institutos internacionais, com a intenção de aprofundar e ampliar a sinergia na área de estudos internacionais. Neste contexto, o Instituto de Estudos da Ásia (IEÁSIA) é fundado, passando, desde 2021, a integrar o Centro de Estudos Avançados (CEA/UFPE), como Coordenadoria de Estudos da Ásia (CEÁSIA).
Consolidando sua presença como o maior centro sobre o tema no Norte-Nordeste do Brasil, a Coordenadoria preserva seu caráter transdisciplinar e seu objetivo de concatenar o tripé ensino, pesquisa e extensão, ao mesmo tempo em que dissemina o conhecimento sobre a Ásia dentro e fora da Universidade Federal de Pernambuco. Entre suas diretrizes de atuação, estão o fomento ao interesse investigativo sobre a Ásia, bem como a promoção do interesse de pesquisa no Brasil sobre as instituições parceiras na Ásia e a produção de conhecimento comparado sobre os processos de desenvolvimento nos países da Ásia e no Brasil, desenvolvendo competências de investigação entre os jovens pesquisadores, a partir do intercâmbio de professores e alunos e da promoção de uma cultura de troca de conhecimento e harmonia entre os países da Ásia e no Brasil.
Com aproximadamente duzentos membros e pesquisadores associados, a Coordenadoria organiza suas atividades em distintas curadorias, a saber: Assuntos do Japão, Relações Sino-Africanas, Tecnologia e Inovação, Política Industrial e Instituições, Matrizes Energéticas, Segurança Alimentar e Aquisição de Terras, Timor Leste e demais Países do Sudeste Asiático, História da China, Literatura Asiática, e Estudos Coreanos.
Além de uma agenda contínua de pesquisa em seu âmbito, com publicações contínuas, são organizados eventos acadêmicos, tanto nacionais quanto internacionais, recrudescendo, ainda, parcerias com instituições da sociedade civil, representações diplomáticas e outras universidades e centros de pesquisa.
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Coordenadoria de Estudos de África
Criado em novembro de 2015, o Instituto de Estudos de África (IEAf) foi iniciativa de um grupo de professores dos Departamentos de Serviço Social, Sociologia, História e Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), apoiados pelo então reitor Anísio Brasileiro. O IEAf, junto aos outros três antigos institutos, fez parte do esforço para a internacionalização da universidade, com a perspectiva voltada para o Sul Global, que ganhava força na época. Desde então, o antigo instituto tornou-se um espaço institucional de partilha, construção e divulgação de conhecimento, para pesquisadores que desenvolvem pesquisas em temas diversos relativos às sociedades africanas.
Ademais, pretendeu-se não apenas consolidar a rede que foi construída no curso das ações desempenhadas pelo Instituto nos últimos anos, mas também ampliá-la em duas direções: de uma parte, atraindo professores e pesquisadores de outras áreas do saber da UFPE, que tenham como objeto de estudo alguma das múltiplas dimensões do real no continente africano; de outra parte, estabelecer relações com professores e pesquisadores de comunidades acadêmicas africanas e não-africanas voltadas para os estudos de África.
O acúmulo de tais experiências acadêmicas confluiu para o surgimento de uma iniciativa editorial patrocinada pela Universidade Federal de Pernambuco intitulada “Série Brasil & África”. O projeto foi composto de um Conselho Editorial Internacional, sendo constituído por por 3 coleções (Pesquisas, Ensaios e Clássicos) que expressam os principais objetivos do IEAf, nomeadamente: (i) o alinhamento acadêmico às iniciativas voltadas à aproximação de universidades e centros de pesquisa engajados no processo de reflexão crítica sobre os traços universais que identificam Estados e sociedades do Sul do mundo num mesmo quadrante geopolítico, bem como sobre as suas particularidades histórico-sociais, responsáveis por sua diferenciação; (ii) o compromisso ético de edificação de novos olhares que sejam capazes de reconhecer as novas experiências sociais e políticas emergentes no Brasil e no continente africano, direcionadas à construção de uma nova ordem referenciada na afirmação da democracia e dos direitos humanos.
Com a necessidade de fortalecer-se institucionalmente, em 2021, o IEAf participa da criação do Centro de Estudos Avançados (CEA/UFPE), tornando-se uma coordenadoria do mesmo. Desde o seu nascimento, a Coordenadoria de Estudos de África conta com mais de 70 pesquisadores associados em níveis distintos, distribuídos em instituições do Estado de Pernambuco, Distrito Federal, Bahia, Ceará, Alagoas, Paraíba, Espírito Santo, Portugal, Moçambique, África do Sul e Macau (China).
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Coordenadoria de América Latina
Anteriormente Instituto de Estudos de América latina, fundado em 2016, durante a gestão do ex-reitor e professor Anísio Brasileiro, a Coordenadoria de Estudos de América Latina, apoia-se nas propostas de internacionalização e interiorização da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Em 2011, a UFPE foi a primeira universidade do Norte e Nordeste, do Brasil, a sediar o Congresso Internacional da Associação Latinoamericana de Sociologia (ALAS). Sob o auspício da reitoria da UFPE, foram reunidos em torno de 5.500 pesquisadores, contando com mais de 2.000 pesquisadores estrangeiros presentes. O evento marcou as discussões sobre os estudos da América Latina no Brasil, sendo de grande importância para os rumos que a área tomou nos anos seguintes. A partir daí são fundados pelo professor Paulo Henrique Martins, o Instituto de Estudos da América Latina e a Revista de Estudos AntiUtilitaristas e Pós-Coloniais (REALIS/UFPE). O professor Paulo ainda é Editor-Responsável na REALIS e foi o primeiro coordenador do Instituto. Em 2017, o professor Joanildo Albuquerque Burity assume a coordenação geral, deixando-a no ano seguinte. Entre 2018 e 2019, a coordenação fica com o professor Janssen Felipe da Silva e, em 2019, o professor Juan Pablo Martín Rodrigues foi eleito para o cargo, sendo responsável pela transição do Instituto para a Coordenadoria dentro do futuro Centro de Estudos Avançados, junto com os outros três institutos de Ásia, África e Futuro.
Desde sua fundação, a Coordenadoria de Estudos da América Latina (CEAL) trabalha com a organização e divulgação de iniciativas de promoção da América Latina, reunindo estudantes de pós-graduação latinoamericanistas, e realizando publicações e conferências internacionais. Quando passou a compor o Centro de Estudos Avançados, a CEAL buscou expandir-se na publicação de livros, e-books, bem como na realização de mais conferências e eventos.